domingo, 16 de junho de 2019

Perigos do Cemitério na Serra dos Nogueiras

A cidade nasceu num vale e assim, logicamente, é contornada por serras e elevados.

A área central da cidade está localizada na parte mais baixa e assim, sujeita aos excessos de água de chuvas, que descem das partes altas, alimentando arroios, riachos, lajeados e rios.


Se as partes elevadas, as serras, tiverem proteção vegetal, como gramíneas, arbusto e árvores, em forma de matas ou bosques, as água podem penetrar, infiltrar na terra e assim serão retidas nestes locais, sustentando a vegetação e alimentando pequenas nascestes.

Imagem relacionada
No exemplo acima, Morro de Castelo Branco, temos a rocha limpa, praticamente sem vegetação alguma.

Com a retirada desta proteção vegetal, as água escorrem, em forma de enxurradas e levam tudo que encontrarem pela frente. Levam a terra, pequenos arbustos, grama e até pedras.

Na imagem abaixo temos o acesso aberto na serra, uma estrada sobre a rocha, a qual, a cada chuva, é lavada e a terra é arrastada pela enxurrada estrada abaixo, até atingir o Rio das Antas, provocando assim sério assoreamento.
Percebe-se que a pouco mais de 1 metro, já encontraram a pedra. A camada de terra é pequena e assim, os deslizamentos vão ocorrem com grande facilidade e frequência.

Acesso ao Cemitério da Serra dos Nogueiras.

Entrada de acesso ao Cemitério da Serra dos Nogueiras.

Além do cemitério, temos nas partes altas da cidade a abertura de loteamentos e de área de agricultura. Tudo isto é muito perigoso para a cidade logo abaixo.
Outro grande problema é o acesso. É muito perigosa a entrada e saída de veículos, pois a entrada situa-s numa curva, com pouca visibilidade e o local é de tráfego elevado e muito rápido.

Área de agricultura acima do cemitério - sinais de forte erosa no local.

Com o início da implantação do Cemitério na Serra, a proteção foi removida e assim, desafiou-se a natureza. Ela reagem e já demonstrou em algumas chuvas muita enxurrada vermelha (muita terra) e o deslizamento de barrancos da serra em direção ao asfalto.
Outro problema sério serão os deslizamento e o alto risco de acidentes graves.

Na imagem vemos claramente o deslizamento da encosta em direção à estrada - fonte Najuá.

Uma serra, morro ou montanha, geologicamente falando, são pedras ou rochas, enormes, recobertas por terra e vegetação ou não.

No caso da Serra dos Nogueiras, ela é composta por rochas e pedras de grande tamanho e recobertas por vegetação.

O local está funcionando como uma pedreira, pois muitas e grandes foram removidas.

A remoção de árvores e a abertura de estradas nas serras, provocam, de forma rápida e clara, várias erosões e em seguida os deslizamentos de terra, provocando acidentes na parte baixa e o assoreamento de rios. Com os deslizamentos, várias nascentes são soterradas e fechadas.

Na entrada, local onde já foi feita a plantação de grama, os deslizamentos acontecem.

Não somos peritos nem graduados no assunto, mas numa visita rápida ao local do cemitério, pode se ver claramente que sua implantação desta obra está errada. Sugerimos a parada e recomposição imediata da mata naquele local.

Recomendo uma visita de todos os interessados em proteger nossa cidade e nossa natureza.

Outra dica poderia ser a construção de um mirante, mas com obra ecologicamente correta, voltada para aulas de preservação do Meio Ambiente e apreciação da nossa cidade. Algo totalmente protegido por um bosque de árvores nativas.

A vista lá de cima, conforme imagem abaixo, é uma visão linda da cidade. Acho ainda que, à noite, é melhor ainda.

A vista da cidade, se tivéssemos neste local um mirante, seria um chamariz turístico sensacional.

Além de tudo isto, ainda temos o seguinte: serão mais de 8.200 túmulos no alto do morro. Imaginem eles tomados por "corpos de falecidos" e em dias de chuva, a água não infiltra pois temos muita pedra e rocha que compõe a serra e assim, essa água, escorre serra abaixo, indo parar dentro do Rio das Antas e podem ser captadas para consumo de moradores da cidade. A água é tratada, mas...

QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE O ASSUNTO?